quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estréia


 
Atores Camaragibenses estreiam um 

grande espetáculo no Recife



O grupo promete muita comédia e diversão aos espectadores que se fizerem presente, além de fazerem uma análise do teatro realizado no município de Camaragibe



Visando mostrar ao público que montar um espetáculo é muito mais que diversão, a Companhia Popular de Teatro de Camaragibe estreia na próxima sexta-feira, 04, às 20h, no Teatro Valdemar de Oliveira, o espetáculo Nó de 4. A exibição ficará em curta temporada nas sextas-feiras de novembro.

O Espetáculo concebido pelo diretor Emmanuel David D´Lúcard, se apoia no texto do dramaturgo Nazareno Tourinho como pano de fundo do debate que se estabelece em cena aberta. A encenação narra à trajetória de atores no dia do ensaio geral de uma peça e as questões envolvendo estudo de texto, entrega e postura profissional, formação artística, disputa de personagens e a política cultural, surpreendendo a plateia a cada cena. 
 



Sete atores fazem parte do elenco que conta a história de uma cidade do interior do nordeste com vários personagens típicos. Um sacristão, uma carola, um coronel e prefeito, a primeira dama, uma dona de um cabaré e um sindicalista, farão o Padre desatar o nó do título, resolvendo o problema de uma gravidez trocada.


                                               
Como contra ponto a essa necessidade de se discutir a importância da cena para o município de Camaragibe, um texto leve, colorido, engraçado, de cenas rápidas, dinâmicas como as marchinhas e maxixes da década de 20. Estas permeiam a encenação, conferindo à cena uma atmosfera alegórica, repleta de pantomima do cinema mudo.


O processo de ensaio contou com importantes intervenções no fazer teatral da Cia. que tem um histórico em montagens de comedias, no município de Camaragibe. O grupo passou por um processo especifico para esse trabalho. Todo intuito foi dar suporte ao elenco, para que estivessem preparados a atuar de forma diferenciada, no decorrer do espetáculo.






Alem de várias quebras de interpretação, realizando um meta teatro, o elenco interpreta vários personagens. Em suma: todos os atores fazem, cada um, todos os personagens. Do primeiro momento de contato com o texto até a estréia foi um ano de trabalho. O elenco criou gesto a gesto, cada um dos personagens como se fosse um molde, um “avatar”, onde o ator entra, sai, e vem outro faz a mesma coisa e o personagem continua com suas partituras vocais e corporais. 

 
"A ideia que é todos os atores tenham propriedade integral do espetáculo e que pudessem representarem qualquer personagem, uma vez que vários atores fariam vários personagens. O personagem é único, com as partituras vocais, sentimentais e gestuais únicas, representada por atores diferentes", comenta D´Lúcard.

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