Atores
Camaragibenses estreiam um
grande espetáculo no Recife
O grupo promete muita comédia e diversão aos espectadores que se fizerem presente, além de fazerem uma análise do teatro realizado no município de Camaragibe
Visando mostrar ao
público que montar um espetáculo é muito mais que diversão, a
Companhia
Popular de Teatro de Camaragibe estreia
na próxima sexta-feira, 04, às 20h, no Teatro Valdemar de Oliveira,
o espetáculo Nó
de 4.
A exibição ficará em curta temporada nas sextas-feiras de
novembro.
O
Espetáculo concebido pelo diretor Emmanuel David D´Lúcard,
se
apoia no texto do dramaturgo Nazareno Tourinho como pano de fundo do
debate que se estabelece em cena aberta. A encenação narra
à trajetória de atores no dia do ensaio geral de uma peça e as
questões envolvendo estudo de texto, entrega e postura profissional,
formação artística, disputa de personagens e a política
cultural, surpreendendo a plateia a cada cena.
Sete atores fazem parte do elenco que conta a história de uma cidade do interior do nordeste com vários personagens típicos. Um sacristão, uma carola, um coronel e prefeito, a primeira dama, uma dona de um cabaré e um sindicalista, farão o Padre desatar o nó do título, resolvendo o problema de uma gravidez trocada.
Como
contra ponto a essa necessidade de se discutir a importância da
cena para o município de Camaragibe, um texto leve,
colorido, engraçado, de cenas rápidas, dinâmicas como as
marchinhas
e maxixes da década de 20. Estas permeiam a encenação, conferindo
à cena uma atmosfera alegórica, repleta de pantomima do cinema
mudo.
O
processo de ensaio contou com importantes intervenções no fazer
teatral da Cia. que tem um histórico em montagens
de comedias, no município de Camaragibe. O grupo passou por um
processo especifico para esse trabalho. Todo intuito foi dar suporte
ao elenco, para que estivessem preparados a atuar de forma
diferenciada, no decorrer do espetáculo.
Alem
de várias quebras de interpretação, realizando um meta teatro, o
elenco interpreta vários personagens. Em suma: todos os atores
fazem, cada um, todos os personagens. Do primeiro momento de contato
com o texto até a estréia foi um ano de trabalho. O elenco criou
gesto a gesto, cada um dos personagens como se fosse um molde, um
“avatar”, onde o ator entra, sai, e vem outro faz a mesma coisa e
o personagem continua com suas partituras vocais e corporais.
"A
ideia que é todos os atores tenham propriedade integral
do espetáculo e que pudessem representarem qualquer
personagem, uma vez que vários atores fariam vários personagens. O
personagem é único, com as partituras vocais,
sentimentais e gestuais únicas, representada por atores diferentes",
comenta D´Lúcard.